quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sarney procura cineasta para projeto de filme sobre sua trajetória, por Sérgio Ripardo

SÉRGIO RIPARDO

colaboração para a Livraria da Folha

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), quer ver sua história nos cinemas, a exemplo do que vai ocorrer no começo de 2010 com a cinebiografia do presidente Lula.

A Livraria da Folha apurou que Sarney convidou o cineasta carioca Silvio Tendler para o projeto. O documentarista já fez produções sobre os ex-presidentes da República João Goulart (1918-1976) e Juscelino Kubitscheck (1956-1961). Atualmente, Tendler filma a história de Tancredo Neves (1910-1985). Foi nas filmagens para esse trabalho sobre Tancredo que surgiu o contato entre o senador e o cineasta.

Já existe um documentário sobre o presidente do Senado, feito por Fernando Barbosa Lima (que morreu no ano passado), mas o resultado desagradou Sarney, segundo a Livraria da Folha apurou.

A ideia é que o filme sobre Sarney seja lançado em 2010, aproveitando que, no próximo dia 24 de abril, o senador completa 80 anos. Ele nasceu em Pinheiro (MA) e foi presidente do Brasil entre 1985 a 1990.

A exemplo de Lula, Sarney quer ter interferência na obra audiovisual. Atualmente, a trajetória do presidente do Senado é alvo de interesse no mercado editorial, onde "Honoráveis Bandidos - Um retrato do Brasil na era Sarney" figura entre os livros mais vendidos no país. Está em quarto lugar na lista divulgada no último sábado pela Folha. Nesta semana, a expectativa é que suba posições, como se observou em levantamentos divulgados nesta terça por outras livrarias.

Na semana passada, o livro foi lançado em São Luís (MA), na sede do Sindicato dos Bancários, com direito a tumulto e pancadaria. O autor Palmério Dória teve de andar acompanhado de uma equipe de seguranças. Sarney já disse que não viu, não leu e não se interessa pela obra, que fala até das intimidades sexuais da família Sarney. Com certeza, "Honoráveis Bandidos - Um retrato do Brasil na era Sarney" não vai inspirar um filme aprovado pelo senador.

*

"Honoráveis Bandidos"
Autor: Palmério Dória
Editora: Geração Editorial
Páginas: 208
Quanto: R$ 29,90
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da
Livraria da Folha

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"Sarney -O Outro Lado da História"
Autor: Oliveira Bastos (organizador)
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 324
Quanto: R$ 39
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da
Livraria da Folha

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u650488.shtml

Enquete Simples:

Você assistiria ao filme?

· Sim

· Nunca

· Depende do preço

Enquete Elaborada:

Quais serão as intenções de Sarney para lançar esse filme?

· Auto merchandising, ele precisa provar que pode ser um melhor profissional que tem sido;

· Autodestruição, se o filme for leal à sua história;

· Tentar conquistar o público leigo, alienado, irritando o restante;

Fórum:

Na sua opinião, o cinema e público brasileiro têm a ganhar com biografias de políticos famosos?

Chat:

Converse amanhã, às 19:00, no chat do Portal Uol com Sarney a respeito deste assunto.

Brasil passa sufoco contra o Japão, mas garante vitória com ajuda das reservas

Técnico Zé Roberto mexe em quase toda seleção após perder primeiro set


A difícil partida de estréia na Copa dos Campeões contra a República Dominicana serviu de alerta para a seleção feminina brasileira. Após a orientação do técnico José Roberto Guimarães, elas entraram em quadra nesta quarta determinadas a não repetirem os mesmos erros. Só que elas teriam pela frente a equilibrada e determinada equipe da casa, o Japão. Com dificuldade e tendo de contar com boas atuações das jogadoras do banco, o Brasil conseguiu sua suada segunda vitória na competição por 3 sets a 1 (26/24, 25/21, 25/23 e 25/21), em Tóquio.


Hoje eu estou muito feliz por ter tido a oportunidade de jogar e ainda ajudar a equipe a garantir a vitória. Ainda mais depois de tanta luta para voltar - disse Paula Pequeno, que entrou em quadra no terceiro set.


Confira a galeria de fotos da partida contra o Japão!


A partida já começou com um bonito rali, que deu o primeiro ponto para a seleção brasileira. Após o sufoco no início da partida de estréia, o Brasil mostrou determinação desde o início do set contra o Japão. O saque forte atrapalhou a boa recepção japonesa e os bloqueios funcionaram, com destaque para Adenízia neste fundamento. Mas quando a equipe do técnico Zé Roberto já abria em 11 a 3, as adversárias acordaram e conseguiram uma virada incrível. Aproveitando a desconcentração brasileira, o apoio da torcida e a ótima atuação de sua atacante Saori Kimura, o Japão fechou o set em 26 a 24.


No segundo set, o treinador brasileiro resolveu dar uma boa mexida no grupo. A levantadora Dani Lins, que não estava jogando bem, foi substituída pela jovem Ana Tiemi. No ataque, Zé Roberto lançou a experiente Paula Pequeno e a central Thaísa no lugar da Natália e da Adenízia, respectivamente. Com as mudanças e o bom desempenho da titular Mari, o Brasil conseguiu melhorar em quadra e, mesmo ainda tendo dificuldades em alguns momentos do set, fechou em 25 a 21.


As entradas da Ana, Thaísa e da Paula foram muito importantes. O forte da seleção brasileira é poder contar com um grupo de 12 jogadoras. Todo mundo correu atrás e ajudou na vitória - ressaltou o técnico.


A nova composição agradou e Zé Roberto manteve a nova formação da seleção brasileira. Mas outra vez o Japão começou na frente no placar, abrindo em 4 a 2. O Brasil, entretanto, não perdeu a concentração e tomou a liderança com pontos da Mari, Thaísa e Paula Pequeno. Quando o set parecia ganho, em 21 a 16, as brasileiras bobearam na recepção e as japonesas encostaram em 20 a 21. Mas não foi o suficiente para tirar a vitória do Brasil, que fechou em 25 a 23


No início do quarto set, as brasileiras conseguiram manter o bom ritmo. Mas as japonesas não entregaram o jogo. Marcando a principal jogadora brasileira em quadra, a Mari, o Japão dificultou os ataques adversários e conseguiu virar o placar em 11 a 10. O técnico Zé Roberto acabou optando por colocar a Sassá no lugar do destaque do Brasil na partida. Mas foi a incrível seqüência de pontos de bloqueio com Carol Gattaz, Ana Tiemi e Thaísa que o Brasil conseguiu garantir o set em 25 a 21 e a partida em 3 a 1.



ENQUETE SIMPLES


Você acredita que a seleção brasileira de vôlei é favorita para o campeonato?


o Sim


o Não


o Talvez



ENQUETE ELABORADA


O técnico da seleção brasileira mexeu em quase todo o time no segundo set da partida. Em sua opinião, quais foram as principais mudanças feitas pelo técnico?



FÓRUM


Os níveis das seleções que disputam a Copa dos Campeões estão cada vês mais altos. Voce ainda acredita no favoritismo da seleção brasileira ou acredita que tem algum outro time que vêm crescendo durante o torneio?



CHAT


Você pode conversar com a jogadora Mari, destaque no jogo contra a República Dominicana, na próxima sexta-feira (13) às 20h no chat do blog da Loosandlala. Não perca.


Larissa Pontes

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Projeta Brasil Cinemark

Pauta Jornalística - Ana Luíza

Tema: Projeta Brasil Cinemark

Finalidade: Divulgar a programação do Projeta Brasil nos cinemas de BH que têm salas Cinemark.

Histórico do assunto:

É o IX ano do concurso que arrecada fundos para investimento na área cinematográfica do Brasil (que, como tantas em cultura, tem pouco patrocínio).

Dados Gerais/ Assunto:

No dia 9 de Novembro, o Cinemark realizará nessa data a 10ª edição do Projeta Brasil, no qual teremos um dia inteiro com os melhores filmes nacionais em todos os Cinemas da rede Cinemark no país e custará apenas R$ 2,00 o ingresso.

Toda sua renda será revertida para projetos ligados à indústria cinematográfica brasileira, como premiação de curtas-metragem, apoio a festivais, restauração de cópias, realização de campanhas e outros.

http://www.cinemark.com.br/acao/projetabrasil.html

Rede Cinemark comemora uma década de “Projeta Brasil” em 2009

APROVADA POR MAIS DE 1 MILHÃO DE PESSOAS, A AÇÃO DE INCENTIVO AO CINEMA NACIONAL SERÁ REALIZADA EM 9 DE NOVEMBRO, SEGUNDA-FEIRA

O Projeta Brasil Cinemark chega à 10ª edição neste ano. Desde 2000, a Rede Cinemark reserva uma segunda-feira de novembro para se dedicar exclusivamente ao cinema nacional, exibindo por um dia inteiro, em todas as salas do país, recentes produções brasileiras. Toda a verba obtida com a venda dos ingressos a R$ 2 é revertida para projetos ligados à indústria cinematográfica, como premiação de longas e curtas-metragem, apoio a festivais, restauração de cópias, realização de campanhas e outros. Esta iniciativa da Cinemark – a maior rede operadora de cinemas do país – é uma homenagem à produção nacional e uma forma de aproximar o público de cinema dos filmes brasileiros. Nas nove edições já realizadas, o Projeta Brasil Cinemark atraiu cerca de 1 milhão e 400 mil espectadores.

Renda investida na produção nacional

O Projeta Brasil tem duas vertentes. De um lado, atrai o público para o filme brasileiro, através da movimentação em torno do evento e do preço promocional, a R$ 2. De outro, gera verba que é investida no incentivo ao cinema nacional. A renda integral deste dia é usada no decorrer dos 12 meses seguintes. Alguns exemplos do investimento realizado nos últimos anos:

• Realização e premiação do Brasil em Cartaz em 2009, destinado aos universitários de cinema de São Paulo e do Rio de Janeiro;

• Investimentos na Academia Brasileira de Letras;

• Apoiou e entregou prêmios no Festival É Tudo Verdade em 2008 e 2009;

• Apoiou o São Paulo Filme Comission na realização do Festival de Ribeirão Preto 2008 e 2009;

• Investimentos no Cineclube da Escola de Comunicação e Arte, da USP;

• Preservação do Acervo da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro através da compra de novas latas para armazenagem dos filmes;

• Remodelação da Sala de Cinema do Centro Cultural de São Paulo;

• Desde 2002, participa do Festival Internacional do Rio, entregando o Prêmio Projeta Brasil Cinemark de “Melhor Longa de Ficção” e de “Melhor Longa Documentário” eleito pelo júri popular;

• Entre 2001 e 2007, a Cinemark participou do Festival de Gramado, além de apoiar a realização do evento, entregou o Prêmio Projeta Brasil Cinemark de “Melhor Filme” eleito pelo júri popular;

• Participação no Festival de Brasília com entrega do Prêmio Projeta Brasil de Melhor Filme segundo o júri popular;

• Em 2003, a Cinemark firmou parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e criou o Prêmio Imagem Cinemark, que hoje premia jovens estudantes de cinema da USP, Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade de Brasília (UNB);

• Entrega do Prêmio Projeta Brasil Cinemark para o melhor curta-metragem eleito pelo júri popular no Festival de Cinema de Ribeirão Preto;

• Criação do Projeto Frame a Frame, em parceria com a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas (ABD) – São Paulo, com premiação de curtas em 2004 e 2005;

• Apoiou a edição de 2003 do Congresso Brasileiro de Cinema;

• Apoiou as edições 2003 e 2004 da entrega do Grande Prêmio da Academia Brasileira de Cinema

(http://www.cinemark.com.br/acao/projeta_anteriores.pdf)

Fontes:

Facebook, Twitter do Cinemark BH (http://twitter.com/CinemarkBH), Especialistas em Cinema (Professoras Carla Mendonça e Juliana Duran), coordenadores do projeto.

Personagens:

Pessoas que vão ao cinema assistir aos filmes na segunda-feira, contato com responsáveis pelo projeto e com roteiristas do concurso.

Conteúdo complementar: Fotografias, vídeos, trailers dos filmes exibidos, gravações.

Ana Luíza Rodrigues

Grupo de Multimídia: Ana Luíza Rodrigues, José de Arimatéia, Larissa Pontes, Pedro Jaued, Thiago Theóphilo

Colaboradores (até agora): Cláudia e Luiz Fernando Figueiredo.

sábado, 31 de outubro de 2009

Fórum Internacional de Dança (FID)

Matéria: Larissa Pontes

Tema:
Fórum Internacional de Dança (FID)

Finalidade da matéria:
Divulgar o Circuito Brasileiro de Festivais Internacionais de Dança e principalmente o Fórum Internacional de Dança (FID) que acontece, em Belo Horizonte, entre os dias 20 de outubro e 1º de novembro.

Histórico do assunto:
O FID foi criado há 13 anos pela Anatômica Artes sob a denominação de Festival e desde 1996 tenta trazer a dança e a musica contemporânea para próximo do público. Em 2001 o nome mudou para Fórum buscando se tornar também um formador de opinião com mais informação.

Dados gerais:
o Projeto se integra em quatro Programas que se articulam sinergeticamente e suas denominações têm o objetivo de explicitar o foco de atuação operado pelo FID: Circulando Grande BH (Grande BH e Belo Horizonte), Território Minas (Estado de Minas Gerais), Conexão InterNacional (Brasil e Exterior) e FIDinho (público-alvo crianças).

Fontes oficiais:

Organizador do evento
Perguntas:
Qual o objetivo do FID?
Belo Horizonte tem potencial para realização de mais eventos como este?
Você sentiu algum aumento de público nestes anos?
Porque você acha que isso aconteceu?

Artista
Perguntas:
É a primeira vez que você se apresenta nos paucos do FID?
Qual a importancia você vê de um evento deste porte para Belo Horizonte?

Personagens:

Pessoa que vai assistir pela primeira vez
Perguntas:
Como você ficou sabendo do FID?
Você já tinha ouvido falar do FID nos ultimos anos?
O que mais te interessou nas apresentações?

Pessoa que já assistiu nas edições anteriores
Perguntas:
Há quanto tempo você frequenta o FID?
O que mais você gosta no evento?
Quais as mudanças que voce percebeu em relacao aos eventos anteriores?

Conteúdo complementar:
Vídeo de uma apresentação
Fotos da apresentação e do publico

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Irã: A revolta dos eleitores internautas

Por Ana Luíza de Figueiredo Rodrigues

Portal G1
Tecnologia

A última sexta-feira foi para Teerã uma das mais tensas dos últimos 30 anos. O levante avassalador que surpreendeu o mundo em 1979 e resultou na Revolução Islâmica, liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, é o único evento comparável às cenas vistas na semana passada. Marchas de protestos, com participação de milhões de iranianos, tomaram conta do país após o anúncio da vitória do presidente Mahmoud Ahmadinejad na eleição presidencial do dia 12. Estimulada por denúncias de uma fraude maciça na reeleição de Ahmadinejad, a rebelião ocorreu nas ruas, mas também com uma intensidade surpreendente na internet, por meio de redes sociais como o Facebook e o Twitter e sites como o YouTube. O principal site é o Iran’s Post Election. Os protestos dão uma dimensão das fissuras políticas na sociedade iraniana e apontam possíveis mudanças na república clerical xiita, um dos regimes mais fechados e opressores do mundo.
As consequências da crise iraniana, porém, podem atravessar as fronteiras do país. Em certa medida, a própria paz no planeta depende de seu desfecho. O Irã possui a segunda maior reserva de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita. Com um território enorme para os padrões do Oriente Médio e uma população de 71 milhões de habitantes, o país é também o maior reduto de muçulmanos xiitas do mundo, numa região onde a estabilidade depende do equilíbrio de forças entre os dois principais ramos do islã: xiitas e sunitas. Seu governo financia grupos extremistas, como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Faixa de Gaza – e está num estágio avançado do programa nuclear que pode lhe dar uma bomba atômica. O presidente Mahmoud Ahmadinejad professa um islamismo ultraconservador. Já negou o Holocausto na tribuna das Nações Unidas e, por diversas vezes, demonstrou hostilidade ao Estado de Israel.
A onda de protestos no Irã começou imediatamente após a divulgação do triunfo de Ahmadinejad pela agência iraniana de notícias, apenas duas horas após o fechamento das urnas. A proclamação oficial do resultado da eleição deu 63% dos votos para Ahmadinejad, contra 33% para seu principal adversário, o ex-primeiro-ministro Mir Hossein Mousavi, um oposicionista considerado pouco carismático, mas que, ao longo da campanha, ganhou o apoio entusiasmado de reformistas, jovens e mulheres de classe média dos grandes centros urbanos. O resultado espantou, entre outros motivos, por causa da velocidade da apuração, já que a participação de quase 40 milhões de eleitores em todo o território iraniano é feita por meio de cédulas preenchidas à mão. O tempo gasto para a apuração nas disputas anteriores era de dois a três dias. Além disso, a larga vantagem obtida por Ahmadinejad contrariou as expectativas de uma diferença pequena de votos, alimentadas por uma campanha muito acirrada. Na contagem oficial, Ahmadinejad venceu com folga inclusive nas áreas em que a etnia azeri, a mesma de Mousavi, é predominante.

"A apuração rápida e a vantagem larga de
Ahmadinejad levantaram as suspeitas de fraude"

Mousavi acusou o governo de cometer “irregularidades em massa” e pediu nova eleição. Foi a senha para o país entrar em convulsão. Multidões nas ruas gritavam “morte ao ditador”, em repúdio a Ahmadinejad, palavra de ordem que em pouco tempo evoluiu para “morte ao aiatolá”, em referência ao líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, que ratificara rapidamente a vitória do atual presidente como uma “bênção divina”. No sistema político iraniano, o líder supremo é o comandante em chefe das Forças Armadas e controla o Judiciário, a mídia e o Conselho de Guardiães, um órgão de notáveis com poderes de vetar candidatos e supervisionar as eleições. O presidente cuida das questões administrativas e tem poderes sobre os programas de gastos e investimentos do Estado.
Aos protestos, seguiu-se a reação. As marchas com centenas de milhares de pessoas, durante toda a semana, foram seguidas de forte repressão promovida pela polícia ou por integrantes de uma milícia islâmica, a Basij, uma numerosa força paramilitar formada por voluntários à paisana. Em uma semana, centenas de políticos oposicionistas e manifestantes foram presos, jornais foram censurados, comícios foram proibidos e universidades foram fechadas. O cerco à informação começou com o bloqueio de sites e terminou com a não renovação da autorização de permanência dos jornalistas estrangeiros, o que praticamente fechou o país aos observadores.


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O poder religioso no país dos aiatolás

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No Irã, não há eleições, mas sim fascismo

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Ahmadinejad anuncia mulheres em ministérios

Irã, EUA e Rússia assinam acordos nucleares

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Irã e as redes sociais

Globo

Mundo

Uma revolução 2.0. É assim que pode ser definida a rebelião que ocorreu nas ruas do Irã em junho deste ano. Depois de denúncias de uma fraude na reeleição de Ahmadinejad, a população se revoltou e usou a internet, por meio de redes sociais como Twitter e sites como o YouTube, para divulgar os protestos, já que a imprensa local estava censurada.
Esta foi a revolução de maior importância desde a popularização do Twitter, em 1990. Com os protestos divulgados na internet, foi possível perceber a dimensão dos efeitos da política na sociedade iraniana.
Em uma sociedade em que o acesso à internet ainda é limitado, o Twitter teve um pico de 220 mil mensagens por hora com a palavra “Iran” (Irã, na tradução do inglês). Durante a semana da rebelião, foram 2,25 milhões de blogs discutindo o mesmo assunto e cerca de 3 mil novos vídeos com imagens dos protestos.A maior evidência da importância política do Twitter para o Irã foi dada quando um funcionário do Departamento de Estado americano, Jared Cohen, mandou um e-mail para a direção do Twitter com um pedido especial: será que eles poderiam adiar a manutenção do sistema que tiraria o site do ar por algumas horas da terça-feira? “Parece que o Twitter está tendo um papel muito importante em um momento crucial no Irã”, escreveu Cohen. A direção do site concordou.

Larissa Pontes

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Democratização do conteúdo

Novas mídias mudam o modo de fazer jornalismo e contribuem para que haja interação entre público e informação

Não importa se o jornalista escreve sobre política, cultura ou esporte. A interatividade é um fator que contribui para o interesse do leitor e as novas mídias chegam para ajudar nesse processo. Mas, o que você entende por jornalismo? Você acredita que o jornalismo impresso vai acabar com as novas mídias? Existe resistência dos jornalistas quanto às mudanças? O escritor, Ricardo Noblat, discutiu e analisou, com a ajuda do público, o futuro do jornalismo.
A palestra foi realizada no auditório da Newton Paiva, na tarde de hoje, em Belo Horizonte. Noblat aproveitou para contar sobre a idéia de criação do seu blog em 2004, que hoje, recebe cerca de 100 mil visitas por dia. O escritor ainda ressalta que quando criou o blog não tinha a percepção do que isso poderia lhe proporcionar. “Com o tempo aprendi a ser mais rigoroso na publicação da informação, pois os leitores acompanham e participam muito”, garante Noblat.
E sobre as novas mídias, Noblat disse também que o jornalismo terá que passar por alterações para atrair a atenção da população. Isso porque poucas pessoas hoje em dia esperam até o dia seguinte para ler um jornal impresso. Blogs, twitter’s e portais garantem a informação com agilidade. “Não acredito que o jornal impresso vá acabar – ressalta Noblat – acho que vai passar por grandes transformações. É uma questão de perda de interesse”.
Porém, o interesse por informação nem sempre depende da agilidade ou do meio em que é publicada. A forma com que o fato é contato faz a diferença e depende, também, do público leitor. “Você pode tratar a política de uma forma que seja atraente para o leitor”, garante Noblat.
A questão é o jornalismo mantém uma relação imediata com o leitor e a internet é importante para manter essa interação. É a “história em tempo real”. Com interatividade e agilidade.

Larissa Pontes